Pesquisa da USP quer identificar acreanos que criaram anticorpos contra o coronavírus

Dois mil moradores da cidade de Mâncio Lima, no Acre, serão acompanhados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que buscam identificar quantas pessoas desenvolveram anticorpos contra o coronavírus e por quanto tempo a imunidade é mantida.

Há mais de dez anos, a equipe do Instituto de Ciências Biomédicas da USP desenvolve estudos nessa região para combater malária. Agora, a próxima visita deve ser feita para mapear a disseminação do coronavírus.

Será feito um estudo chamado de soroconversão: os pesquisadores vão coletar e analisar amostras de sangue de cerca de duas mil pessoas entre os meses de setembro e outubro, para verificar quantos desenvolveram anticorpos desde a última vez em que elas foram visitadas, no final do ano passado. Este tipo de análise ainda não foi feita para a Covid-19.

A partir do estudo, segundo os pesquisadores, será possível calcular a proporção exata de casos que não apresentaram sintomas, os que tiveram sintomas e os casos graves de coronavírus na região.

A análise permite ainda estimar quantas pessoas não se infectaram e quantas estariam suscetíveis a um segundo surto.

A pesquisa também busca entender por quanto tempo a população infectada tem imunidade contra o vírus, além de saber se há diferenças no risco de infecção entre pessoas de diferentes idades, sexos e redes de interação social.

EBC