O governador Gladson Cameli e a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, estiveram reunidos nesta quarta-feira, 29, para avaliar a atual situação da pandemia do novo coronavírus e debater a possibilidade de reabertura do comércio com restrições. O encontro é resultado do pedido feito pela classe empresarial ao Governo do Estado do Acre para flexibilizar o decreto em vigor que normatiza o funcionamento dos estabelecimentos comerciais.
Para Socorro Neri, o momento é de extrema preocupação devido o constante aumento no número de casos de Covid-19. A gestora compreende a necessidade da retomada do setor empresarial, desde que sejam adotados os devidos cuidados de segurança sanitária, para reaquecer a economia e manter postos de trabalho.
“Há condições que precisamos ter de forma estruturada e organizadas para pensarmos na flexibilização das atividades econômicas. O momento é de muita cautela, precisamos monitorar a evolução da epidemia e, agora, teremos o incremento na testagem de novos casos da doença. Isso terá alteração grande nos números e precisamos monitorar essa evolução e fazer um esforço ainda maior em monitorar a evolução das condições para reabertura e nesse período construir com cada atividade econômica as regras de adaptação a essa situação de pandemia”, enfatizou.
Gladson defende medidas em favor da vida
O governador Gladson Cameli disse estar preocupado com a situação da economia local, mas que a principal prioridade do momento é salvar vidas. O gestor disse ainda que as possíveis consequências causadas por conta da reabertura do comércio deve ser compartilhadas entre o poder público e a iniciativa privada.
“Quero deixar claro que o governo sempre está aberto ao diálogo com todos. Mas diante da situação que estamos passando, essa responsabilidade não pode apenas cair para o Executivo. Temos que dividi-la com os demais poderes e o setor empresarial. Queremos que cada prefeito possa ter sua autonomia e assuma suas responsabilidades nas decisões que cabem aos municípios. Essa flexibilização é importante que aconteça com responsabilidade”, esclareceu Gladson.
O aumento da capacidade de testagens para diagnosticar novos casos da doença e estruturação da rede pública hospitalar para atender os pacientes com coronavírus serão fundamentais para a flexibilização das regras.
Pela proposta debatida entre os gestores, a retomada do comércio deverá atender uma série de restrições. Entre elas, o uso de máscara, higienização, controle de público, entre outras recomendações que serão definidas pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 e postas em um novo decreto governamental.
O secretário de Saúde explicou que 80% da capacidade dos leitos de UTI destinados exclusivamente para a Covid-19 estão sendo utilizados. Alysson Bestene também ponderou pela cautela e responsabilidade após a reabertura gradual do comércio para evitar um possível colapso dos hospitais públicos.
“Apenas a rede pública hospitalar está recebendo e tratando os casos mais graves de Covid-19. Com o aumento no número de casos, não teremos a capacidade de atender todos que precisarem de um leito de UTI. Tudo que acontecer após essa reabertura deverá ser dividido entre todos, não apenas o governo deverá ser culpado e assumir o ônus”, observou.
Participaram da reunião o secretário da Casa Civil, Ribamar Trindade; o secretário de Planejamento, Ricardo Brandão; o secretário da Fazenda, Wanessa Brandão; e o secretário municipal da Casa Civil, Márcio Oliveira.
Secom