“Vão morrer mais empresas do que pessoas”, diz presidente da Fecomércio sobre Covid-19

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Presidente da Fecomércio-AC diz que ‘vão morrer mais empresas do que pessoas' na crise causada por Covid-19 — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) se reuniu com o governo do estado em busca de soluções.

Na sexta-feira (20), o governador do Acre, Gladson Cameli, publicou um decreto determinando o fechamento de shoppings, restaurantes, bares, lojas de roupas, sapatos, boates, lanchonetes e diversos outros serviços para evitar a proliferação do novo coronavírus no estado. Isso tudo para manter as pessoas em casa, em quarentena.

Em entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição, o presidente da Fecomércio, Leandro Domingos, falou da situação e como isso deve afetar diretamente o cenário econômico do estado.

‘Amenizar impactos’

“O momento é de muita dificuldade. Isto vem nos causando grande preocupação com relação, por exemplo, ao futuro. De uma coisa temos convicção, vão morrer muito mais empresas do que pessoas pelo coronavírus. Entendemos que as medidas adotadas pelos governos, não só do Acre, mas do Brasil inteiro, são acertadas porque estão visando a defesa da vida e pactuamos com isso, mas precisamos que os governos se preocupem com a sobrevivência dos negócios e das empresas”, lamentou.

O presidente relembrou ainda que o estado acreano sofreu grandes impactos com enchente a enchente do Rio Madeira em2014, que também deixou o Acre isolado dos demais estados e depois com a cheia histórica do Rio Acre em 2015, depois

“Sabemos que o Acre, principalmente, sofre com um problema econômico por força da economia brasileira que por um longo tempo entrou em um poço e decadência tão grande que descapitalizou praticamente todas as empresas. Em 2019, foi o ano que começamos a respirar, o otimismo se elevou, mas agora veio esse ataque que está jogando todo mundo para baixo. Estamos preocupados e orientando as empresas de como proceder nesse momento de dificuldades e, paralelo a isso, fizemos uma proposta ao governo do estado como sugestão de como deve agir para amenizar esse impacto”, acrescentou.

Suspensão de tributos

Domingos explicou que a proposta, entre outros pontos, inclui a suspensão dos tributos pagos pelas empresas acreanas. Isso para que o empresário consiga pagar os funcionários, comprar mercadorias e manter o estabelecimento funcionando após a crise.

“Estamos muito preocupados na preservação do emprego, e, para isso, as empresas precisam ter essa complacência por parte do governo do estado. O governo federal também precisa abrir linha de crédito com juros extremamente subsidiados, a exemplo do que aconteceu na alagação do Rio Acre, quando o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia disponibilizaram recurso para praticamente cobrir a taxa selic”, aconselhou.

G1

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