Trabalhadores dos Correios deflagram greve no Acre a partir da próxima semana

Os trabalhadores dos Correios decidiram no início da noite desta terça-feira, 03, pela deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 18. Com erros no sistema que quantificam o total de trabalhadores necessários para a execução das atividades dentro da estatal, a gestão acabou reduzindo em 50% o total de atendentes nas agências, causando prejuízos no atendimento da população. As dificuldades ainda estão aumentando com a redução de 30% dos carteiros com a adoção da distribuição alternada e a unificação de territórios.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC), Suzy Cristiny, os problemas associados a gestão da empresa ainda vem se avolumando com o fechamento de agências, a retirada do Banco Postal, o assédio moral praticado pelos chefes que querem obrigar os funcionários a atuar além dos limites físico e psicológico.

“Os problemas se avolumam, prejudicando a população e o empregado. É uma clara pressão para demitir quase 50% dos trabalhadores, e um projeto de longo prazo para oficializar a venda da empresa”, protestou a sindicalista que alerta para o perigo do Acre e outros Estados menores ficarem sem entrega de encomendas.

Na pressão para desgastar o funcionário, os Correios vêm reajustando o plano de saúde de forma desproporcional, cobrando nos salários valores ainda maiores, resultando em prejuízos para a classe que tem maior possibilidade de contrair câncer de pele e outros transtornos psicológicos resultantes das constantes cobranças por resultados impossíveis de serem alcançados.

“A prática atual é de retirada do trabalhador da função, a realização de transferências compulsórias até para outros Estados. Os carteiros estão entre os que mais sofrem, pois a distribuição alternada acaba diminuindo quantidade de carteiros, sem consulta aos profissionais, prejudicando os prazos de entrega. Assim, um funcionário é obrigado a dar conta da atividade que antes era realizada por duas pessoas”, protestou Suzy Cristiny.

Assessoria