Prefeitura de Rio Branco intensifica ações e mantém controle da dengue

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Mesmo no período em que medidas de urgência para contenção e prevenção ao coronavírus estão em vigor, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), tem intensificado, paralelamente, ações de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya garantindo, desse modo, que a situação permaneça sob controle tendo registrado, inclusive, redução no número de casos da dengue – que é a doença mais incidente – em relação ao ano passado.

De acordo com o mais recente Boletim Informativo da Dengue em Rio Branco, o município registrou até a semana epidemiológica (SE) 11/2020 (de 08 a 14 de março), 855 casos notificados da doença, representando uma redução de 67% em relação ao número registrado no mesmo mês no ano de 2019, que foi 2.603 casos suspeitos, com índice de 90% de confirmações.

Na última semana, foram 49 casos suspeitos, com 24 confirmados, totalizando 419 pessoas com dengue das 855 notificadas, segundo informou o secretário Municipal de Saúde, Oteniel Almeida. “A campanha de combate à dengue, que normalmente acontece a partir de janeiro, foi antecipada por orientação da prefeita Socorro Neri e as ações foram iniciadas ainda no mês de novembro de 2019. A preocupação é que não haja aumento no número de casos e que a situação permaneça controlada. Mesmo com a pandemia do coronavírus as equipes vão continuar trabalhando”, disse.

Ele informou que foram ampliadas as estratégias de combate à dengue, tais como visitas domiciliares de 4 para 5 ciclos aproveitando, inclusive, o período do carnaval, os agentes de saúde estiveram nas casas que ficam fechadas durante a semana, além dos finais de semana e feriados; houve reforço, por parte da equipe de Zeladoria (SMZC), na coleta de resíduos que possam acumular água parada e limpa, que servem de criadouro do Aedes aegypti, principalmente nos bairros onde a proliferação do mosquito está relacionada ao acúmulo de entulho. No topo da lista estão: Aeroporto Velho, Cidade do Povo, Chico Mendes e Conjunto Esperança e, ao todo, desde o início da ação, já foram removidas 60 toneladas de lixo; e aliada a essas, a terceira estratégia tem sido o trabalho de educação em saúde realizado nas escolas e através dos meios de comunicação, para divulgar as orientações e cuidados que as pessoas devem adotar.

“Não tem sido fácil, mas nós não podemos baixar a guarda. Então vamos manter as estratégias, mesmo com essa situação de Covid.

Vamos continuar fazendo as visitas porque nós não podemos ter os dois problemas. Infelizmente, num contexto geral, o estado está enfrentando as duas situações e está sendo muito difícil, em relação ao sistema de saúde, e aqui em Rio Branco nós estamos com a situação controlada, mas vamos manter as ações”, disse.

Ainda de acordo com o secretário, os agentes de saúde estão trabalhando mantendo os cuidados para prevenção contra o coronavírus, utilizando equipamento necessário de proteção pessoal e mantendo a distância mínima recomendada de 1 a 2 metros durante a conversa com os moradores.

“A gente reforça que as pessoas aproveitem que estão em casa, nesse período de isolamento social, e façam a limpeza de seus quintais, retirando tudo que possa acumular água parada e limpa e que serve de criadouro para o mosquito Aedes Aegypti. Os principais recipientes são caixa d água em nível de solo [que devem ser lavadas e mantidas tampadas] e pequenos depósitos móveis. Basta que a vistoria seja feita uma vez por semana e em relação a Covid é a limpeza diária com água sanitária e sabão”, enfatizou.

A preocupação da prefeita Socorro Neri é garantir que no período chuvoso não haja aumento de casos de dengue e que a situação permaneça sob controle.

“O número de casos reduziu, mas temos que manter as ações porque rapidamente pode aumentar e nós termos um grave problema e o sistema de saúde não suportar essas duas situações”, alertou Oteniel Almeida.

Outra doença incidente no período chuvoso, segundo ele, a leptospirose também inspira os cuidados necessários para prevenção e, portanto, em conjunto com a equipe do Centro de Zoonoses, a equipe da Semsa está detectando os locais onde hajam roedores (transmissores da doença) para aplicação das medidas cabíveis.

“Nós pedimos que as pessoas evitem contato com as águas de enxurradas durante as chuvas e que mantenham suas casas limpas, sem a possibilidade de alimentos para esses animais [ratos] e assim possamos afastar mais essa doença”, concluiu.

Ascom

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