Integrantes da organização criminosa Comando Vermelho, que foram presos na Operação Hemolíse, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizada em julho do ano passado, foram condenados a penas que somam 406 anos e nove meses de prisão.
Todas as 45 pessoas denunciadas foram condenadas, sendo que 16 delas, são reconhecidas como lideranças do grupo criminoso. As penas individuais variam entre cinco e onze anos. O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) vai recorrer para aumentar as penas.
“A investigação teve como foco os conselheiros da organização criminosa, dentre eles alguns que, mesmo reclusos, continuam a exercer poder dentro da facção, e também lideranças que se encontravam em liberdade, tomando a frente do grupo nos bairros da Capital e algumas cidades do interior, tanto no tráfico de drogas, como nos homicídios e assaltos”, disse o promotor Bernardo Albano, coordenador-adjunto do Gaeco.
O promotor Ildon Maximiano, membro do Gaeco, afirmou que alguns dos identificados, que foram denunciados, ainda estão foragidos ou acusados em outros processos, em razão de a prisão ter ocorrido após a deflagração da operação.
Operação Hemolíse
Como resultado das investigações, que duraram cerca de seis meses, foram expedidos 69 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão. A ação foi realziada em 18 bairros de Rio Branco e nos municípios de Sena Madureira, Porto Acre, Porto Walter e Plácido de Castro.
A operação recebeu o nome de Hemólise – processo de quebra dos glóbulos vermelhos – pois teve como objetivo desarticular especialmente as células denominadas “frentes de bairro”, responsáveis pelo elo entre o conselho da facção Comando Vermelho e os demais integrantes nos territórios onde a organização atua.
Além do Gaeco, atuaram a Secretaria de Estado de Segurança Pública, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal.
Agência de Notícias do MPAC