A Operação Monturo, deflagrada na manhã desta quinta-feira nas cidades de Rio Branco (AC) e Vilhena (RO) pela Polícia Federal atinge o presidente de uma coopetativa de crédito em Rondônia, Ivan Capra, sócio da EZC Participações S/A, uma das donas da empresa Paz Ambiental Ltda. Até a Nona Alteração Contratual registrada na Junta Comercial de Rondônia (Jucer), Alan Capra respondia como sócio junto com Patrícia Paz Silva Giordani da firma especialista em soluções ambientais.
A PF, junto com a Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal, levou todos os contratos firmados entre a Paz Ambiental e a Secretaria de Estado da Saúde do Acre (Sesacre) e intimaram oito pessoas para prestar depoimentos. Segundo o AC Jornal, os contratos sob suspeita foram firmados em 2017 e 2018 e tinham por objeto a coleta, transporte e tratamento do lixo hospitalar de vários municípios acreanos. A CGU entende que houve simulação entre agentes públicos e os empresários para favorecer contratos emergenciais por meio de dispensa de licitação e haveria, por conseguinte, o pagamento de propinas a servidores.
Segundo nota da PF, auditores da CGU detectaram um prejuízo de R$ 1.942.703,89, ocasionado por situações de sobrepreço e superfaturamento. Além de verificar que os valores praticados nos contratos são incompatíveis com os preços de mercado, a CGU constatou que a empresa investigada apresentava documentos de medição com uma quantidade de lixo coletada bem maior do que a média de resíduos produzidos pelas unidades de saúde.
Procurado nos telefones da Paz Ambiental, Ivan Capra não foi localizado e nem os diretores quiseram falar sobre o assunto.
Com informações do Rondônia Agora