Funcionários dos Correios devem cruzar os braços por deficiência em medidas contra coronavírus

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O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) anunciou que os funcionários dos Correios devem cruzar os braços a partir da próxima semana. Isso porque a entidade aponta que as medidas tomadas contra o novo coronavírus (Covid-19) são deficientes. A empresa elaborou ações ineficientes que não atendem de forma completa as recomendações das autoridades de Saúde Pública e deixam profissionais desguarnecidos do vírus.

Mesmo com o anúncio do fornecimento de álcool em gel 70%, sabonete líquido e papel toalha nas dependências da instituição, os itens ainda não chegaram nas agências em Rio Branco e de outras cidades do interior do estado. Além disso, a empresa não elaborou um plano de prevenção para proteger os carteiros, que lidam diretamente com as pessoas nas ruas, e atendentes, que continuam nos postos e lidando com o manuseio de dinheiro. Não há ações relativas a esse ponto.

Presidente do Sintect-AC, Suzy Cristiny explica que os Correios não forneceram material para assepsia dos empregados, apesar de já ter se comprometido em adquiri-los. Ela alerta que as mercadorias que chegam de fora do estado para os clientes da capital e interior são focos de contaminação para os trabalhadores e população, já que não há condições para realizar a higienização destes itens que vêm de outros lugares do Brasil e vários países.

“As medidas que a empresa anunciou foram um grande avanço, mas são insuficientes. Não temos as condições mínimas de trabalho porque as medidas efetivas de prevenção não vieram. A falta de materiais de segurança, em especial para carteiros e atendentes, traz risco a saúde de todos. O álcool em gel disponibilizado é voltado somente para as dependências internas. Eles também precisam de máscaras porque podem passar em casas de pessoas doentes”, ressalta a presidente.

Suzy ressalta que é necessário o fornecimento de álcool em gel para os carteiros utilizarem nas atividades externas, além de luvas e máscaras para os profissionais que realizam o manuseio das cargas, documentos, notas de dinheiro e os que realizam as entregas. A paralisação deve ser feita para evitar um possível contágio e transmissão. “Entendo que somos essenciais neste momento, já que os Correios transportam medicamentos e estão em todo país. Mas são necessárias medidas concretas e eficientes para a execução do trabalho com respeito a todos os profissionais”, finaliza.

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