A Prefeitura de Acrelândia, interior do Acre, adiou para 1º de abril o início do ano letivo do município, que estava previsto para começar no próximo dia 10. A medida foi tomada após a cidade ter mais de R$ 570 mil sequestrados por conta de dívidas trabalhistas.
Além da Educação, outras pastas também foram afetadas com a falta de recurso. Os valores correspondentes a processos trabalhistas, que totalizam R$ 15 milhões. Esses recursos devem ser pagos em oito anos. Sem que a prefeitura tivesse condições de recorrer aos processos, o dinheiro foi sequestrado pela Justiça.
A prefeitura confirmou que o sequestro do dinheiro compromete consideravelmente os serviços do município, já que o dinheiro era da saúde, Fundeb e de pavimentação dos ramais, vias públicas e iluminação.
Prefeitura de Acrelândia enfrenta dificuldades após sequestro de mais de R$ 400 mil
“Não podemos começar a aula agora porque precisamos fazer manutenção dos ônibus, dos ramais, porque temos uma malha viária de mais de mil quilômetros e quase todos têm transporte escolar. Temos que dar uma contrapartida na compra da merenda, que o recurso que veio não deu e temos que completar com recursos próprios”, explicou o vice-prefeito e chefe de gabinete, Marcos Antônio Teixeira.
Além desses serviços, o gestor alegou que precisa pagar a empresa terceirizada que cuida da limpeza, merenda e outros serviços nas escolas. Ainda segundo Teixeira, a rede pública atende aproximadamente de dois mil alunos no município.
“Tudo isso ficou comprometido por conta desse sequestro que foi feito. Não é dívida nossa, é de outras gestões. Vamos entrar em contato com o governo para saber se pode nos dar uma ajuda nesse primeiro momento. Vamos ter que nos virar, reinventar para iniciar as aulas”, acrescentou.
O vice-prefeito confirmou que a Operação Tapa Buracos no município vai ser suspensa por falta de dinheiro.
“Todas as áreas foram afetas. Estamos com uma equipe na rua fazendo limpeza na cidade devido o período de chuva, nas ruas e vamos suspender porque não temos dinheiro. Não adianta fazer e não ter como pagar”, concluiu.
G1