Pelo menos duas enfermarias de isolamento estão prontas para receber eventuais pacientes contaminados pelo coronavírus 2019-nCoV, no Pronto-Socorro de Rio Branco, segundo a Gerência-geral do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
Desde que foi inaugurado pelo governador Gladson Cameli, no dia de 6 de agosto do ano passado, a unidade conta com quatro enfermarias de isolamento, sendo duas vagas para homens e duas vagas para mulheres.
No entanto, uma única enfermaria pode acomodar adequadamente até três pacientes, se for a caso, segundo explica a enfermeira Mônica Silvina Maia Nascimento, gerente de Assistência e de Regulação de Leitos, onde funciona o Pronto-Socorro.
Areski Peniche, gerente-geral do Huerb, afirma que o hospital está tomando todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias para o enfrentamento de possíveis situações de contaminação.
“As equipes estão sendo capacitadas, desde o corpo administrativo ao corpo clínico, e também já adquirimos máscaras M-95 para o rosto [que protegem boca e nariz de vírus, numa proporção de até 95%]”, afirma Areski Peniche. Ele confirma que duas enfermarias já estão reservadas para atender pacientes que eventualmente contraírem o 2019-nCoV.
Neste final de semana, a reportagem esteve no Pronto-Socorro para acompanhar o trabalho de preparação desses leitos, que na verdade são como apartamentos, no quarto andar.
Na antessala há uma pia para que o profissional de saúde a utilize após o contato com o paciente, enquanto que no interior há um amplo banheiro e um espaço que pode comportar até três pacientes.
Segundo Mônica Nascimento, dois médicos infectologistas vão trabalhar diretamente no tratamento dos casos, enquanto que um terceiro profissional médico cuidará da regulação de leitos, em diálogo permanente com os primeiros profissionais, especialistas.
“Nesta segunda, 3, o trabalho será também de orientação a todos os nossos profissionais, desde o Núcleo de Educação Permanente às gerências e departamentos, para que todos os nossos profissionais sejam devidamente treinados para lidar com a situação”, ressalta a gerente de Assistência e de Regulação de Leitos.
Mônica Nascimento pontua que as experiências anteriores com vírus, como o da cólera e da H1N1, por exemplo, permitiram aos profissionais do Acre acumular experiências para lidar com essas situações, facilitando o manejo de paciente e enfrentamento da doença.
Secom