Longas filas e até cinco horas de espera. Esse é o tempo aproximado que pais e alunos estão enfrentando para renovar ou tirar o cartão de estudante, que garante a passagem de ônibus a R$ 1 em Rio Branco. A renovação é feita no Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Acre (Sindicol).
Na quinta-feira (13), uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve na Central de Atendimentos (OCA), em Rio Branco, e flagrou filas e aglomeração de pessoas à espera.
“Vou ter que esperar, ontem [quarta,12] não deu certo. Ontem vim umas nove horas, e sai duas e meia. Não consegui. Espero hoje conseguir”, disse a estudante Talía Saraiva, que esperava em uma das filas.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esportes (SEE) lamentou os transtornos, mas relembrou que começou a divulgar a data do retorno das aulas no final do ano passado, que era para que as instituições se planejassem para o início do ano letivo.
“A SEE tem trabalhado com intuito de valorizar todas as escolas da rede estadual com investimentos estruturais e pedagógicos para que o aluno tenha, na escola do seu bairro, um ensino de qualidade”, complementou.
Espera de mais de 1h
A dona de casa Helen Carla dos Anjos da Silva estava tentando, pela segunda vez, retirar o primeiro cartão de estudante da filha. A família mora na BR-364, mas antes a aluna não precisava porque morava próximo da escola.
“Estou há mais ou menos uma hora e meia. Há dois dias vim, estava muito lotado e desiste. A gente mora na BR e vem para a área urbana estudar”, contou.
Dobro de atendentes
O gerente do Sindicol, Sérgio Pessoa, explicou que normalmente há oito servidores no atendimento. Com o aumento da demanda, o número dobrou para que garantir o atendimento.
“Todo ano, na renovação do cartão, temos esse fluxo de alunos. Este ano, em específico, tivemos um problema na emissão das declarações das escolas públicas estaduais, que atrasou um pouco, e aglomerou tudo no mesmo período”, defendeu.
Ainda segundo o gerente, alguns serviços são concluídos em meia hora, já outros demoram mais tempo.
“O tempo de espera é muito relativo, depende muito do serviço, que a pessoa vai fazer”, frisou.
G1