Eu posso dizer que a Economia Solidária é tudo na minha vida, na da minha família, no meu sustento. Se não fosse a Economia Solidária eu estaria passando necessidade”, disse a artesã Eliete Silva durante a mesa redonda realizado na tarde desta terça (18) como parte da programação do “Seminário Economia Solidária, novos rumos e conquistas”, realizado pelo Fórum Acreano de Economia Solidária, com o apoio da Prefeitura de Rio Branco.
A história da artesã é semelhante a de outras dezenas de famílias que atualmente tiram seu sustento das atividades econômicas compreendidos pelo segmento.
“A Economia Solidária é a saída para a crise econômica, pois nós fazemos inclusão social, damos oportunidade as famílias que estão à margem do mercado então agregamos e ajudamos essas pessoas a terem dignidade. O maior objetivo do seminário, a priori, é o fortalecimento do movimento. Ficamos um tempo sem fazer essas atividades, mas se fez necessário juntarmos forças com o Poder Público, as entidades de apoio como o Ifac, Prefeitura de Rio Branco, governo e o Sebrae, para discutirmos os temas da Economia Solidária,”, explicou o coordenador do Fórum Acreano de Economia Solidária, Carlos Taborga.
Atualmente, pelo menos 120 empreendimentos de alimentação, artesanato, jardinagem e diversão, ligados ao Fórum, realizam a feira no Novo Mercado Velho, que acontece todo final de semana com o apoio da Prefeitura de Rio Branco, por orientação da prefeita Socorro Neri, que esteve na abertura do evento pela manhã.
“A prefeita Socorro Neri tem sido um parceira. Colocou equipe à nossa disposição e estrutura para que nossa feira aconteça. Nos cedeu o espaço e todos os finais de semana nós realizamos as feirinhas de economia solidária e para quem trabalha ali tem toda semana seu dinheiro para um remédio, para seus alimentos, para sobreviver”, avaliou.
Por meio da diretoria de apoio à Economia Solidária, da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico (Safra), a Prefeitura de Rio Branco fornece todo o aporte logístico para realização do evento, desde a cessão do espaço público até o transporte, instalações elétricas e a limpeza do local pela equipe da Secretaria Municipal de Zeladoria da Cidade (SMZC).
Taborga acrescentou ainda que, pelo trabalho realizado e os resultados, Rio Branco é referência nacional também pelas conquistas pessoais relatadas durante o seminário por quem vive da Economia Solidária.
“A experiência com a Economia Solidária para mim é maravilhosa porque fui acolhida num momento muito especial da minha vida e da minha família e hoje eu tenho o meu sustento e dos meus filhos e do meu marido doente”, contou Ilma Almeida que vende tacacá e rabada na feira do Mercado Velho.
Já a salgadeira Maria Freitas ressaltou dignidade proporcionada pela atividade. “Eu já morei de favor na casa dos outros e hoje tenho minha casa que conquistei com muita luta, trabalho e honestidade e é isso que passo para as minhas filhas. A gente pode perder tudo, mas não pode perder a dignidade e isso eu tenho com a Economia Solidária”, destacou.
As feiras de economia solidária no Novo Mercado Velho acontecem de sexta a domingo, das 16 às 22 horas.
Ascom