Reconstituição do acidente com jet ski que matou jovem será em fevereiro; versão da irmã livra médico

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A reconstituição do acidente entre as duas motos aquáticas que matou a jovem Maicline Borges, em janeiro do ano passado, deve ser feita na segunda quinzena de fevereiro.

Segundo a Polícia Civil, a data leva em consideração a previsão de chuvas para os próximos dias, que deve resultar no aumento do nível do Rio Acre.

Isso porque as condições do ambiente precisam estar o mais próximo possível do dia do acidente para que seja feita a reprodução simulada. Conforme a polícia, a logística está sendo preparada, os bombeiros foram contatados e estão providenciando as motos aquáticas que serão usadas na reconstituição.

A jovem morreu após ter a perna arrancada durante um acidente entre duas motos aquáticas na região da Quarta Ponte, no Rio Acre, em Rio Branco.

O inquérito que investiga o caso foi concluído em abril do ano passado e indiciou o médico Eduardo Velloso por homicídio culposo e lesão corporal. O empresário Otávio Costa, que pilotava a outra moto aquática, não foi indiciado e aparece como vítima.

Ao G1, o advogado de Velloso e de Costa, Arquilau Melo, informou que ainda não foi notificado sobre a data da reprodução simulada e que aguarda as determinações.

Em novembro do ano passado, após pedido do Ministério Público, a Justiça do Acre determinou que o inquérito sobre a morte da jovem voltasse para a Delegacia de Polícia Civil e que fosse feita a reconstituição do acidente.

A Justiça também pediu explicações sobre o motivo das motos aquáticas envolvidas no acidente não terem sido apreendidas pela polícia.

Empresário e médico serão ouvidos na investigação

A Polícia Civil chegou a afirmar que estava prevista uma reconstituição do caso antes do inquérito ser concluído, mas, devido ao nível das águas do Rio Acre estar baixo, a perícia explicou que não seria possível realizar a reconstituição. Mesmo assim, o inquérito foi concluído, encaminhado, e depois o Ministério Público pediu a reconstituição.

Versão diferente da irmã

Na época da conclusão do inquérito, o delegado responsável pelo caso, Karlesso Néspoli, explicou ao G1 que indiciou apenas o médico pelo crime, porque, segundo ele, foi Velloso quem bateu na moto aquática do empresário Otávio Costa, que estava com a vítima, e não o contrário.

A versão que a irmã da vítima deu, logo após o acidente, era outra. Na época, Hinauara Borges afirmou que a moto do empresário é que havia colidido contra a do médico, após uma manobra perigosa, conhecida por cavalo de pau.

“A moto do Eduardo, fizemos perícia, e o bico dela bateu na lateral do jet ski do Otávio. Veio de lateral e bateu. A perícia constatou e uma testemunha ribeirinha que mora no local falou que o acidente foi do outro lado do rio. Foi como se tivesse em um carro em uma direção e depois fosse para contramão”, revelou o delegado na época.

G1

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