O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) defendeu a busca de soluções para resolver o problema das secas e das cheias ao longo da bacia do Rio Acre, que impacta diretamente as cidades acreanas, sobretudo Rio Branco, que corre o risco de desabastecimento de água ao longo dos próximos anos.
“As cidades vão precisar se adaptar e não dar para inventar a roda. Querer utilizar remédios que já foram provados que não tem viabilidade. Por exemplo, furar poço para garantir abastecimento para a cidade de Rio Branco. Está provado que a vazão não tem nenhuma possibilidade de abastecimento. Vamos buscar as alternativas mais seguras. Não dá para ser negacionista, de ter uma instituição como a prefeitura da Capital que não se relaciona com o governo federal, por birra política. As soluções precisam ser práticas, pragmáticas e científicas,” disse Edvaldo Magalhães.
O ex-deputado estadual Eduardo Farias também participou do debate. Ele disse que o risco de desabastecimento de água em Rio Branco deve pautar a agenda pública.
“Eu chamo muita atenção. O nosso grande problema hoje, no estado do Acre e na Capital, é o risco de desabastecimento de água numa cidade de 400 mil habitantes, que ela é visível para o futuro. A gente precisa intervir agora para termos essa questão minimizada. É claro que estamos falando de mudanças climáticas no planeta, mas que façamos a nossa parte”, disse Eduardo Farias.
E acrescentou o ex-parlamentar estadual: “olhando para a importância desse debate hoje, precisamos correr atrás dos prejuízos. Havia um negacionismo completo por parte de várias instituições quanto às possibilidades de uma mudança climática tão radical. Essa mudança se impôs, e o estado do Acre e a capital não se prepararam para isso. Nossa principal fonte de abastecimento é o rio, que pode colapsar a qualquer momento. Estamos falando da sobrevivência de uma cidade. Então, esse debate é estratégico,” destacou o ex-deputado durante a audiência”.
A audiência pública foi realizada a pedido do deputado estadual Pedro Longo (PDT) nesta quinta-feira (20), no plenário da Assembleia Legislativa. Na oportunidade, a Secretaria de Estado de Habitação apresentou os resultados de um estudo, o Plano Prévio de Ação e Contingência da Bacia do Rio Acre.
